Governo do Estado do Ceará,
por meio da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará
apresentam
DENEGRINDO
ARQUEOLOGIA
PESSOAL
da artista soupixo
PASMAI, MARAVILHAI-VOS
Série "Fé Branca, cegai-vos", 2018
Essas obras foram gestadas e paridas no processo de criação e escrita do trabalho de conclusão de curso, "DENEGRINDO Arqueologia Pessoal", da licenciatura em Artes Visuais na URCA. Nasceram a partir de objetos que recolhi da minha família com o objetivo de problematizar questões que são impostas de geração em geração a nós mulheres negras, como por exemplo, a doutrinação a partir da religião Cristã Católica na vida da minha família e principalmente na vida da minha vó. Objetos e memórias que para elas, mãe e vó, tem um significado, mas dos quais me aproprio como meio para provocar e gerar questionamentos sobre tudo que nos é imposto durante nossas vidas. Pesquisa arqueológica pessoal/familiar, uma busca por saber sobre a história da minha família, minha ancestralidade. Coletas e escavações a procura de objetos e artefatos que faço desde criança. Um trabalho longo de apropriação e ressignificação desses objetos.
PURIFICAÇÃO E CONSAGRAÇÃO
Série "Fé Branca, cegai-vos", 2018
"Pasmai, e maravilhai-vos; cegai-vos e ficai cegos; andam cambaleando, mas não de bebida forte. É aquilo que chamam de fé, a nova ordem. Purificação e consagração é o que lhes será ofertado, com a glória e benção de Deus pai todo poderoso julgador dos vivos e dos mortos. Fé Branca cegai-vos, amém."
ACOMETIDA
2018
Uma mulher, lavada por reações alheias. Uma doença. Um desejo ou sentimento inesperado de ser o que não pode ser. Isso não é amor.
IDÍLICO
2018
Que é maravilhoso, ideal: descrição idílica. Que resulta de um sonho, de um devaneio, de uma utopia. A vontade de um sorriso.
BUTIJA
2018
Onde se guarda tesouros. Lembranças, sentimentos, dentes, botões e bijuterias. Memórias de um tempo perdido.
soupixo
é artista visual residente no Cariri cearense. Atua entre as linguages da gravura, colagem digital, fotografia, vídeo, bordado e etc. Têm como elementos centrais de sua poética reflexões sobre o corpo, memória, questões de gênero e raciais. Durante seu percurso enquanto artista assumiu vários heterônimos, enaius oessi, unazul e eva, além do seu nome próprio Suyane Oliveira e o alter ego Sueli que constrói em colaboração com o artista Lívio do Sertão. Hoje entende-se como soupixo, onde cabe todas essas outras mulheres que já foi e que permanecem vivas dentro de si. É também tatuadora nas horas vagas uma das sócias na empresa Fatozero Produções Culturais.
FICHA TÉCNICA
Exposição
Curadoria – soupixo
Fotografia – soupixo
Produção Executiva - Fatozero Produções Culturais
Equipe Cineteatro São Luiz
Produção Executiva - Nefertih Andrade
Produção – Mairla Costa
Montagem e Design – Yule Bernardo
Assessoria de Imprensa – Monique Linhares