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"Bordado é encontro. Da linha com o tecido, da agulha com o

dedo. Do pensamento com as mãos, do texto com o téxtil.

Bordado é encontro de Gente, de memórias, de vida. E a gente

alinhava as linhas, alinhava uma ideia, um sentimento noutro.

Com o bordado a gente viaja sem sair do lugar e quando vè o

tecido jà não é só pano. As cores não estão só nas linhas e uma

ideia já virou bordado. Com o bordado em mãos nos

inscrevemos no mundo!"

Marissol Melo

Quando meu encontro se deu com o grupo entrelaçadas, a pandemia já circulava e nos confinava dentro do lar. Saber delas e de como entrelaçavam vidas por meio do bordado, encheu minha vida lotada de serviço e afazeres institucionais e familiares, de ar puro, alegria e certeza de que sempre existe mil razões para justificar em nossa vida a presença viva de nossas marcas ancestrais como é o caso do bordado que circula em todas as faixas sociais.

Os temas aqui adotados são de escolhas afetivas delas, as artistas bordadeiras, com as expressões tradicionais de nosso povo. São escolhas de matrizes estéticas de ritos, festas, brincadeiras, gastronomia, danças, folguedos, música, conjuntos musicais nas relações de linhas, pontos, cores e afetos com tudo isso que a vida lhes proporcionou e revela a cada dia no seio familiar.

O artesanato é tido como instrumento importante da economia criativa, no entanto, no meu ponto de vista, a partir do que estudo e conheço, ele é mais que isso. Sim, é verdade, ele o artesanato, é fonte principal de renda de várias famílias sertão adentro. Porém aqui, ele é também terapia, saúde mental, saúde espiritual, ponto de encontro, trocas de afetos, conversas, chás e cafés. O mundo necessita reaprender a viver junto, em conjunto, em partilha coletiva e estas mulheres nos ensinam a fazer isso!

Prof. Dra Lourdes Macena

Curadora

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OBRAS
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ANGELA STELA
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​ÂNGELA STELA
 

O Cangaço representou um movimento que buscava justiça com as próprias mãos contra o acúmulo de bens dos donos de terras entre o século XIX e meados do século XX no Sertão Nordestino.

 

O movimento nasceu da indignação de homens pobres sobre essa acumulação de bens nas mãos de poucos. Lá eram cometidos todos os tipos de violência contra os mais fracos. Vejo esse momento da história marcado por conflitos e mudanças que valem a pena serem retratadas. Através do bordado, fiz uma representação dessa época tão conflituosa.

Cangaceiros do Ceará (Redesenhando Julia Faria)

Bordado livre | Execução em 8 meses

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ANNELIETE GOUVEIA
 

Auneliete Chagas, ilha de Annette Chagas, neta de Analia Chagas,

mãe de Cecilia e Beatriz e avó de Diana. Helen e Bernardo.

A literatura de cordel é uma forma de expressão da cultura popular que remonta à idade média. Inspirei-me nos mestres do cordel para retratar, em versos, o Grupo Entrelaçadas de bordado. Bordei os versos e a chita. O painel representa uma barraca de feira livre - uma forma muito utilizada pelos poetas populares, nas cidades cearenses, para expor à venda os folhetos de literatura de cordel. Coube a mim todo o trabalho de concepção, composição dos versos, execução dos bordados e montagem do painel.

Cordel Bordado e Entrelaçado

Bordado livre, blackwork e quilting à mão | Execução em 7 meses

Anneliete
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CLÁUDIA PINHEIRO
 

"Há 5 anos fiz um curso de bordado juntamente com minha mãe, onde descobri o mundo encantado dessa arte."

"Escolher o tema para bordar, a banda cabaçal dos Timãos Aniceto è retratar toda admiração que eles representam a cada apresentação. O nome da banda deve-se ao uso de cabaças para confeccionar ozabumbo. O que mais me chama atenção é que, através da música eles dançam e dramatizam a partir da observação da natureza, da roça. Fazem acrobacias pelo espaço virando onça, caborés... realizando um teatro de expressiva beleza, com intensa e harmoniosa criatividade da herança coletiva da cultura dos índios Cariris, onde são descentes."

Banda Cabaçal Irmãos Aniceto

Bordado livre, path aplique, quilting, macramê e aquarela | Execução em 6 meses

Claudia
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HILDA GOUVEIA
 

Hilda, que segue firme com linhas, livros e o bem querer da filha Nila.

Sabe quando você vê pela primeira vez uma coisa que te traz encantamento para sempre? Pois isso me aconteceu aos 09 ou 10 anos. talvez até menos, quando assisti ao Auto da Nau Catarineta, da cidade de Granja, no Ceara. Até hoje o ritmo, a poesia, a melodia e o barulho da "chiadeira" me emocionam. Eu bordei cantando e afirmando que "minha Nau eu não te dou, que é do Estado Real", mesmo sabendo que "As ondas do mar lá fora, olê lê, não são como aqui no Rio. O rio Tejo desaguou no rio Coreau.

Os Marujos

Bordado livre | Execução em 4 meses

Hilda
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IARA REIS
 

"Eu, Iara, encontrei no bordado uma grande paixão e, hoje, meus grandes amores como Avó do João e do Flock."

Busquei nas memórias de minha infância a inspiração para bordar a festa de Santo Antônio de Barbalha. Acompanhava, em minha cidade natal, a Festa de São Sebastião, na qual também havia o hasteamento do mastro no largo de São Sebastião, em Caxias/MA. Recordo-me que todos os anos minha mãe nos levava para a procissão do mastro. Anos depois levei meus filhos. Lembro-me que a espera pela passagem do mastro, debaixo de um sol reluzente, nos causava grande desgaste, mas o sentimento que movia os carregadores / romeiros, que se amontoavam, renovava nossa fé. Esses sentimentos me preencheram enquanto bordava o estandarte que retrata a festa do pau da bandeira de Santo Antônio de Barbalha, que além de uma festividade religiosa é também um manifesto cultural cheio de tradição.

Festa do Pau da Bandeira

Bordado livre e aquarela | Execução em 3 meses

Iara
CONVERSA 1
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IÊDA SOUZA
 

"leda Pereira de Souza, filha de Raimundo e Maria do Carmo, aprendi a bordar aos 10 anos com minha madrinha Carminha, bordei até entrar na universidade e depois de 33 anos quando me aposentei voltei a bordar e parecia que nunca tinha parado o amor e a felicidade de bordar continua a mesma."

Durante minha infância sempre que meus pais me levavam à praia, depois íamos ver os artesanatos e eu sempre me encantava vendo aquelas mulheres fazer rendas nas almofadas gigantes e ficava horas a fio olhando aquela dança dos bilros que nunca se enroscavam, parecia que todos sabiam o seu lugar certo, fui crescendo e essa admiração foi crescendo junto comigo, por iSSO quando foi definido o nosso projeto não tive dúvidas, finalmente chegou a minha hora de homenagear essas mulheres maravilhosas que levam a nossa renda de almofada ser conhecida por todo mundo e isso deixa nós "cearenses" cheios de orgulho.

Mulher Rendeira (Redesenhando Ronaldo Vieira)

Bordado livre e aquarela | Execução em 8 meses

Ieda
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IVANISA FARIAS
 

Ivanisa Farias, ilha de Odete de quem herdou todos os conhecimentos manuais, mãe de Cythia e avó de Lis, de 12 anos, já uma mini bordadeira

e de Samuel de 6 anos, do coração.

Quando criança, pedia à minha mãe para ir tomar banho no Rio Banabuiú, rio que banha a cidade de Mombaça, no Estado do Ceará, minha cidade, minha mãe sem tempo de nos levar, contava a lenda da lara, uma sereia muito linda que morava no fundo do rio, e que gostava de levar as crianças para morar com ela. Assim, eu e meus irmãos nos conformávamos e ficávamos em casa brincando. Na escola, tomei conhecimento das lendas que faziam parte do folclore brasileiro e me inteirei que a estória era bem diferente da que a minha mãe contava, lara era uma índia linda, se sentava nas pedras à beira do rio, penteando seus longos cabelos e cantando para seduzir os mancebos e depois matá-los. Seus irmãos com muita inveja da beleza de lara, queriam matá-la e jogá-la no fundo do rio. O plano falhou, ela foi que os matou, jogando-os no rio e fugindo para não levar o castigo do Pajé. O pai, capturou-a e jogou-a nas águas do Solimões. Segundo a lenda, os peixes a acolheram, transformando em sereia, numa noite de lua cheia.

A Lenda da Iara Ou Mãe D'Água (Redesenhando Ronaldo Vieira)

Bordado livre | Execução em 4 meses

Ivanisa
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IVONE MARQUES
 

Graduada em Moda e Assistente Social, faz do bordado seu passatempo favorito. É neta de Tremembé, filha de costureira, mãe de Ivna, avó de Bento, Maria, Amaro e Pilar. Criar com as mãos está em nossas raízes.

A Praia de Almofala é o berço dos indígenas Tremembé. Nesse cenário - mar e coqueiral - meu mundo infantil foi enriquecido pelas manifestações artísticas, lendas, crendices dos habitantes da minha terra. A dança ritmada, o som das maracas e o colorido dos adereços são elementos fortes na cultura de minhas raízes tremembés. Da mistura dos rituais da Dança do Torém, na frente da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, com as tradições locais, solidificaram minha fé e a valorização das artes manuais, em especial, do bordado. Doces lembranças de mulheres sentadas, no terreiro à bordar, são marcantes, associando o cheiro da maresia com os panos transformados em obras de arte feitas de linhas. Nesse clima de inspiração, transformar a Dança do Torém em arte bordada é uma forma de eternizar um momento cheio de significados para a cultura do povo indígena.

Dança do Torém (Redesenhando Rafael Limaverde)

Bordado livre | Execução em 11 meses

Ivone
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LUCIA ALVES

Artista/Artesã, desenvolve através processo criativo diversas técnicas manuais, dentre elas: o bordado como arte no campo ampliado através da concepção imagética da releitura de "São Jorge- O Guerreiro" na expressão técnica da xilogravura.

No bordado, tenho como proposta estética o uso de técnicas dos pontos: nó francês, palestrina e ponto haste, construindo a imagem figurativa, a partir dos pontos escolhidos para preenchimento da obra. O traço do bordado a mão tem como inspiração a xilogravura cearense, sendo apresentado nesse trabalho nas cores preto e o branco. "O meu desejo de bordar São Jorge - O Guerreiro veio pelo fato de ser devota dele, e também como uma forma de homenagear um grande amigo, Luiz Camilo Neto, umbandista e guru espiritual. Através dessa experiência, por meio do bordado, evidencio a cultura tradicional popular através da técnica da xilogravura que é fonte de inspiração para os artistas do Ceará. Eu, Lúcia Alves, sou esposa de Neto, mãe de Michaela e filha de Raimunda e Antônio, uma educadora e um agricultor. Minha mãe fazia ponto cruz, tricô e costurava nas horas vagas. Eu me assemelho a ela: não me acomodo,

sou observadora e tenho habilidades para as artes.

São Jorge - O Guerreiro (Redesenhando Ronaldo Vieira)

Bordado livre | Execução em 5 meses

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LÁUCIA ROCHA
 

Láucia Maria Rocha Lima, filha de Epitácio Cavalcante Lima e Maria Eurice Rocha Lima, formada em Engenharia Civil e Design de Moda, mãe de Marina Lima Medeiros e Marília Lima Medeiros

A origem do Bumba Meu Boi remete-se ao século XVIII, quando o gado era muito importante na economia do Nordeste. Conta a lenda que a escravizada Mãe Catirina estava grávida e expressou ao seu esposo, Pai Francisco, o desejo de comer língua de boi, este não hesitou e matou o boi mais bonito da fazenda onde eram escravizados. Muita dança, música, personagens humanas e animais magníficos exibem para a plateia a saga da morte e ressurreição de um boi.  

A festividade Bumba Meu Boi é Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e como Patrimônio Cultural do Brasil, reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Foi a figura principal desse festejo, o boi, a qual me encanta, que me inspirou a realizar esse trabalho.

 

Para bordar o boi fui buscar inspiração nas festas realizadas no Ceará pelo Sr. José Francisco Rocha, mais conhecido como Mestre Zé Pio, que é guardião da memória dos antigos grupos de bumba meu boi em Fortaleza e foi agraciado em 25 de novembro de 2016, pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), com o título de Notório Saber em Cultura Popular.

 

Bordar o boi em 01 mês foi um desafio, trabalhei diariamente uma média de 06 horas por dia, porém, cansaço, esse, não existiu, pois cada ponto que bordava significava uma vitória e assim foi passando os dias com a figura do boi exibindo-se magnífica e brilhante como imaginei. Depois veio a colocação das bandeirinhas, que tornaram o meu trabalho colorido e transmitiu o ar do que é uma festividade do Bumba Meu Boi.

Bumba Meu Boi (Redesenhando Juliana Farias)

Bordado livre e aplicação de miçangas e de fitas de cetim | Execução em 1 mês

Laucia
Lucia
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MARGARIDA
GONÇALVES

 

Durante a minha fase de adolescência no Bairro Carlito Pamplona, tive oportunidade de participar de maravilhosas festas juninas, dai a minha inspiração para o trabalho deste ano do Grupo Entrelaçadas. São João, São Pedro e Santo Antônio eram bem festejados. A rua que eu morava se transformava em um verdadeiro arraiá, decorada com bandeirinhas, balões, barracas com comidas e bebidas típicas e uma linda fogueira. Faziamos adivinhações e brincávamos com fogos de artificios. Foi uma fase linda da qual tenho saudades!

Festa Junina (Redesenhando Ronaldo Vieira)

Bordado livre | Execução em 6 meses

Margarida
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MARTA CUNHA

O bordado sobre a dança folclórica Caninha Verde foi o tema que escolhi, remete a cultura de cana de açúcar no Ceará. Da minha infância até a adolescência, lembro de ver e sentir os aromas da cana no engenho que ficava no quintal de casa. Ainda hoje sinto o cheiro do caldo de cana em processo de ebulição.

Dança da Caninha Verde (Redesenhando Juliana Farias)

Bordado livre | Execução em 5 meses

Marta
CONVERSA 2
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MERCEDES CUNHA

Maria Mercedes Farreira Cunha. Filha de Raimundo Pinto Cunha

e Maria Dalila Ferreira Cunha. Bibliotecária. Casada. Dois filhos:

Rodrigo Cunha de Cerqueisa Cesar e fuiza Cunha de Cerqueira Cesar.

Ao selecionar o Catimbó Jurema dentro de uma cultura popular, nordestina e brasileira, o meu olhar voltou-se ao sincretismo religioso. Do tupi antigo, Ka'atimbor significa fumaça de mato, vapor de erva, ou seja, defumação, um tipo de aromoterapia em que plantas são queimadas. Por ter suas praticas associadas as classes menos favorecidas sofreu perseguições da igreja e da socieda

Catimbó

Bordado livre | Execução em 6 meses

Mercedes
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NADJA BARREIRA

Filha de Dona Dadi, de quem herdou o dom das artes manuais. Mãe da Letícia, a quem transmite a arte com afeto.

Ao escolhermos a cultura popular como tema de 2021, logo pensei em retratar uma lenda com figura feminina. Assim cheguei na Lenda da Princesa Encantada de Jericoacoara. Uma princesa cujo encantamento lhe transformou em serpente, com a cabeça e pés femininos. A lenda diz que debaixo do morro do farol, existe uma cidade encantada, onde mora uma linda princesa. Perto da praia, quando a maré está baixa, há uma entrada que está bloqueada por um portão de ferro. A cidade encantada e a princesa estariam além daquele portão. De acordo com a lenda, ela só pode ser desencantada com sangue humano. Em muitas culturas ao redor do mundo, lendas transformam princesas em serpentes. De provável origem Moura trazida ao nosso continente por portugueses e espanhóis. Mulheres em forma de serpente também são citadas pela velha magia árabe. As tradições orientais estão repletas de rainhas e princesas que vivem como grandes cobras.

Princesa Encantada de Jericoacoara  (Redesenhando Juliana Farias)

Bordado livre e aquarela | Execução em 5 meses

Nadja
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OLGA CLAUDINO

Eu sou Olga filha de Manoel, esse tendo como excelência a paciência e a sabedoria, as quais tornaram um artista, e de Maria rainha da alegria, amizade e amante das flores. Os quais me inspiração a poética da. beleza refletida na simplicidade e na arte.

Bordar Maracatu é se conectar com a manifestação cultural que traz em si a exaltação a ancestralidade negra. Maracatu faz parte do folclore cearense, pois o mesmo é uma dança folclórica de origem afro-brasileira. É um movimento da cultura popular que envolve música, dança e história. Apresenta um figurino extravagante que remete à cultura africana, indigena e portuguesa. É um patrimônio imaterial de Fortaleza, sinal de resistência e dimensão cultural. Este bordado apresenta miniaturas minimalistas do cortejo de Maracanaú.

Bordado de Maracatu (Redesenhando Manoel Claudino)

Bordado livre | Execução em 5 meses

Olga
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PAULA SANDRA
ORIÁ

Este trabalho foi produzido em homenagem à mãe da bordadeira, Maria Nila Oriá Fernandes, falecida em 2020. Os bolos juninos que ela preparava, especialmente o pé de moleque eram maravilhosos! As iguarias típicas das festas juninas fazem parte da memória afetiva de Paula Sandra, que nasceu em 29 de junho. "Sempre gostei de comemorar meu aniversário, dia de São Pedro e São Paulo. As festas juninas representam muito para mim e este bordado é uma homenagem à minha mãe e seus bolos gostosos que além de serem apreciados em vários estados brasileiros já foram degustados por pessoas nos Estados Unidos, na França e na Inglaterra.

Barraca da Dona Nila (Redesenhando Marilia Moteiro )

Bordado livre e aquarela | Execução em 5 meses |

Desenho no tecido por Ivone Moita

Paula
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SUZANA GOUVEIA

As mãos que me acalentaram e anos depois acalentei são as mesmas, hoje invisíveis, que me ensinaram tudo que sei. Sou Suzana, com traços de e cheiro Helena. Minha mãe vive em mim!

Dança e música me levam a visitar o estábulo em Belém. Após o anjo da anunciação sussurrar em meu ouvido a Boa Nova, sigo orientada por uma cigana. E como pastora me prosto para adorar Jesus. Não só eu, mas toda a natureza, personificada em uma borboleta pequenina. E quando vem a despedida, do presépio de Belém, a luz da estrela guia permanece em mim brilhando, ansiosa pelo romper de mais uma doce aurora.

O Pastoril Me Encanta

Bordado livre | Execução em 5 meses

Suzana
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TEREZA CRISTINA
CAPELO

Sou filha de um casal de primos legitimos espanhóis: Manuel e Agripina.

Minha mãe gostava de cantar, de fazer crochê e bordar. Cresci nesse

ambiente com muitos irmãos. Gosto de pintar e, recentemente,

descobri o bordado, sou uma aprendiz da vida e das artes.

A dança do trancelim é uma manifestação cultural de pares que ocorre ao redor de um mastro adornados por um conjunto de largas fitas multicoloridas, que se entrelaçam formando um trançado. Escolhi esse tema porque quando em visita à professora do Instituto Educacional de Alencar presenciei adolescentes dançando lindamente, entrelaçando as fitas. Foi um momento único que nunca esqueci.

Dança do Trancelim

Bordado livre e pintura | Execução em 11 meses

Tereza
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VANDA ALMEIDA

Vanda Alincida, filha da bordadeira Alhestina Almeida, mãe do Igor Rafael e avó da Cecilia

O Reisado Brincantes Cordão de Caroa é um Projeto de extensão da Universidade Federal do Ceará que integra o ciclo de festejos natalinos, com destaques para o Cortejo da Anunciação, a Tiração de reis, o Cortejo de Celebração e o Dia de Reis. Reconhecidamente um movimento social que vivencia na tradição popular, os conhecimentos e expressões da nossa cultura, valorizando aspectos da memória, do patrimônio material e simbólico.Faz parte da memória que trazemos das vivências enquanto moradora do Benfica.. o que nos motivou, servindo de inspiração para nossa reverência em forma de bordado. Nas proximidades do Natal e Ano Novo temos o privilégio de receber e acolher esses brincantes com o seu reisado entre nós, a partir dos Cortejos passando em nossas ruas, em frente às nossas casas, e/ ou acompanhá-los e segui-los na sua itinerância festiva peloBairro, até a dispersão final na praça da Gentilândia, ou ainda nos momentos de Apresentações na reitoria da UFC.O sentido e a poética do Cortejo do reisado passando na nossa Rua Nossa Senhora dos Remédios, no Benfica é o que tentamos expressar dessa memória afetiva que temos do Cordão de Caroá, espalhando com sua itinerância, arte e alegria nos cortejos, esbanjando o seu colorido, encantando-nos com os cantos, a dança, a interação entre os brincantes de diferentes gerações e a comunidade… é muito simbólico ver as mulheres, as crianças, os homens resistindo e mantendo essa tradição em torno da Festa de Santos Reis, acordando em cada um de nós a alegria, por vezes adormecida, e ressignificando a celebração do Natal enquanto tempo de esperança e renovação que essa criança "Jesus Menino" simboliza ao mundo.

Reisado Brincantes Cordão do Caroá

Bordado livre | Execução em 7 meses

Vanda
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ZENAIDE FORTES

Bancária aposentada. Há 3 anos descobri o bordado e me apaixonei por ele.

A capoeira nasceu durante a época da escravidão. Pesquisas indicam que 3 a 5 milhões de africanos foram trazidos ã força, principalmente na agricultura, mineração ou com serviços domésticos. A capoeira era, nessa época, uma forma de luta e resistência dos escravos. É uma representação cultural que mistura esporte, luta, dança, música e brincadeira.

Roda de Capoeira

Bordado livre e aquarela | Execução em 5 meses

Zenaide

FICHA TÉCNICA

 

Curadoria

Lourdes Macena

Produção Executiva

Lucinha Rodrigues

Produção

Mairla Costa

Fotografia

Guilherme Silva

Edição de vídeo

Rodrigo Gadelha

Montagem e Design

Yule Bernardo

Assessoria de Imprensa

 Monique Linhares

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